quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A Vampira de Vermelho - Por Adriano Siqueira





- A Vampira de Vermelho -

Autor Adriano Siqueira


Local: Mata Atlântica.
Reinaldo e seu amigo Fabio trabalham como ecofisiologistas. Este trabalho esta diretamente ligado à pesquisa para compreender os fenômenos da natureza. Neste caso, as arvores da Mata Atlântica... Mais especificamente a Jatobá. Em 2000 eles formaram juntos com o EUA uma fundação para proteger e estudar as arvores. Eles estavam ali para verificar uma denuncia... Estavam preocupados. Estas arvores são ecologicamente essenciais. Elas ajudam nas suas funções ecológicas na fase final de formação da floresta.
Quando eles chegam ao local ficam completamente paralisados. Finalmente Reinaldo retira o celular do bolso e diz:
— Está confirmado! Mais de cinquenta arvores sumiram!
Fabio, ainda atônito fala com Reinaldo.


 Se a denuncia for completamente verdadeira essas arvores não foram derrubadas para fazer moveis material de esporte... Mas sim...
Reinaldo interrope...

 Isso mesmo Fabio... Foram usadas para produção em longa escala de estacas para matar vampiros!

 Mas isso é lenda!

 Olhe a sua volta... Lenda ou não as arvores sumiram!



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Local: São Paulo
Roberto mora com a filha Katrin de 18 anos. Enquanto ela desmontava a arvore de natal ele estava assistindo ao noticiário das oito. A repórter dizia claramente sobre as arvores desaparecidas.
 E conforme o nosso contato, as arvores sumiram faz mais de um mês! Elas tinham mais de 100 anos e foram transformadas em simples estacas de madeira para, acreditem se quiser... Matar vampiros!
Katrin olhou para seu pai e disse:
 Vampiros? Pai... Que tipo de gente derrubariam árvores para fazer isso?
 Esse mundo é insano Katrin.
Roberto sai da sala e vai até o seu quarto. Pega o baú que estava em cima do guarda—roupa e dentro dele... Uma estaca de madeira ainda com sangue... Ele escuta a janela da sala se quebrar. Ele se assusta e deixa a estaca cair e logo em seguida ouve o grito de sua filha. Ele pega a estaca e corre, mas já era tarde...
Ela foi levada...
Levou duas noites para que Roberto desmaiasse devido a exaustão e procurar a sua filha. Na terceira noite um vulto aparece em frente à janela quebrada.
Roberto estava segurando a estaca com as duas mãos. Um vento frio atravessava a janela e e poucos segundos sua estaca desaparece e ele é lançado para a parede da sala como se fosse atropelado por um caminhão... Roberto estava quase inconsciente quando o agressor o carregou e o amarrou em uma cadeira.
Ele quebrou algumas costelas e sua cabeça sangrava.
 Acorde rapaz... Dizia aquele ser que mal aparecia no escuro... Uma manta preta cobria o seu corpo forte e media quase dois metros de altura. Sua voz multiplicava pelos cantos da sala. — A noite ainda não acabou...
 Q-quem é você!
 Alguém que perdeu alguém por causa disso...
Ele coloca no colo do Roberto a estaca...
 Como foi mesmo que fez... Ah... Sim! Você e mais quatro amigos viram um anuncio de como ganhar dinheiro fácil. Ganharam as estacas com uma lista de endereços. Nem perguntaram... Entraram de dia no apartamento dela abriram caixão, matelaram a estaca profundamente até atravessar o caixão... Enfiaram espinhos por todo o corpo. Logo em seguida cortaram a sua cabeça e colocaram nos seus pés. Ainda não suficiente... Jogaram gasolina por todo o corpo levaram para a varanda e tocaram fogo.
Roberto estava perdendo os sentidos quando ele segurou seu cabelo e levantou a sua cabeça. – Preste atenção.
Ele retira uma câmera do bolso e mostra através do visor de cristal liquido quatro homens com estacas enfiadas em suas bocas e logo em seguida eles são queimados.
Roberto estava desesperado... Eram seus amigos. Mortos por aquele vampiro que estava na sua frente...
 Minha filha... Por favor, ela não tem culpa.
 Cale-se! Como pode pedir piedade depois do que fez? Nem ao menos se peguntou sobre essas estacas... Quantas dessas estão por ai? De onde vieram? Quantas da minha gente foram destruídas? Não importa! Ela era especial para mim.
O Vampiro foi até a janela e olhou para a lua.
 Todo o natal a gente se encontrava para falar sobre o que aconteceu no ano. Era sagrado. Dá para acreditar? Vampiros se encontrando no natal... Mas eu gostava pois ela aparecia sempre de vermelho. Era a nossa noite especial e eu aproveitava pois sabia que só a veria no natal... assim ela queria. Assim eu gostava. Mas ela não apareceu neste natal e quando eu a procurei achei seu corpo queimado... Vocês mataram uma vampira que jamais tocou em um humano. Ela sempre dava um jeito de conseguir seu alimento e pagava por ele. Tínhamos uma empresa onde existem pessoas que doam o alimento para nos em troca de dinheiro e compramos. Assim fizemos por muito tempo até você acabar com tudo. Minha sede não era mais saciada por aquele sangue comprado... Eu queria diretamente da fonte... Posso dizer que me deixou mais forte e me devolveu o prazer da conquista pelo alimento e por esse motivo eu agradeço por me devolver esta vontade de devorar cada gota diretamente da carne.
 Mate-me! Leve tudo... Apenas traga a minha filha...
O vampiro dá um sorisso.
 Oh... Mas eu não posso fazer isso... Matar você tiraria o meu prazer de vê—lo sofrer.
Novamente o vampiro mostra um outro filme.
Roberto arregala os olhos quando vê a sua filha na tela... No chão...Desfalecida... Cheia de sangue... Abrindo lentamente os olhos ela sorri... Seus dentes... Meu Deus...
 Argh! Eu odeio essa mania que os humanos tem de chamar divindades nestas horas! Que importa... Ela está voltando! Oh... Sim!
 Sua filha logo estará aqui! Assim poderei assistir bem de perto ela degustar a sua primeira refeição.
 Pois é... O natal está indo embora, mas os presentes duram para sempre.
 Ela virá de vermelho e sempre nos encontraremos no natal!


 Boas Festas!

Autor Adriano Siqueira

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Morticia vai a caça - parte 4 - por Stefany Albuquerque


  
Morticia vai a caça - parte 4 - Stefany Albuquerque



Um homem alto de olhos verdes e uma máscara vermelha em seu rosto, seus cabelos negros com algumas mechas brancas, estava sem camisa apenas com uma calça preta e uma capa negra cobria seus corpo. Seu olhos tentava me hipnotizar, mas nada acontecia. Começo a andar em retaguarda sem dizer uma palavra, ele se cala e chega cada vez mais perto.




Encosto na cama e acabo caindo sobre ela. Ele rapidamente segura as minhas mãos e sobe por cima do meu corpo.
— Me solte agora.
Ele começa a rir.
— Me solte!
Ele começa a queimar minhas mãos, mas nada acontece. Ele se assusta, então tenta novamente.
Começo a rir.
— Se era para machucar, vai ter que fazer mais que isso.
Ele me solta e se distancia.
— O que você é?
Surpreendo-me.
— Então fala a minha língua. Bom, porque também sei a sua.
— Você não me respondeu garota insolente.
— Não sabe com quem está falando e ainda quer ser...
Ele me interrompe e vem com rapidez em minha direção e me segura pelo pescoço.
— Não sabe com quem se meteu garota, mas vou acabar com você.
Ele me joga contra a parede com muita força.
— Me diga o que quer? Tem mais vampiros como você aqui?
Começo a rir.
— Não, eu sou o suficiente para você.
Corro até ele e o derrubo com apenas uma chute, ele cai no chão e rapidamente acende um circulo de fogo em volta de nos, ele sai do circulo sorrindo.
— este circulo vai impedir que saia, nenhum vampiro poderá sair dele.
— Me subestima de mais.
Saio do circulo sem nenhum arranhão.
— Você não é uma vampira
— Descobriu a América.
Ele estala os dedos e some em uma fumaça cinza.
Poderíamos ficar a manha toda lutando como cães e gatos, mas ele sabe que não sou quem ele pensa que sou, e agora não sei qual vai ser a sua reação. Ele parece não saber que sou a sua filha. Tenho que sair logo daqui.
Começo a andar até a porta, mas ela se tranca.
— Ai! Que droga.
Logo, vários homens armados me cercam saindo de fumaças cinza. Escuto a voz dele.
— Seus pensamentos estão fechados para mim, diga quem é você demônia ou eles irão acabar com você muito antes que chamem outros.
— Tudo bem então, mas só falo em seu ouvido.
— Não! Fale para todos.
— Sou Lady Morticia Naghtshade, e estou aqui para vê-lo.
Os homens imediatamente abaixam as armas e abrem caminho. Ele aparece.
— Por isso não consegui queimá-la nem machucá-la. Você cresceu tanto, está parecida com sua mãe, agora posso ver a semelhança.
Ele vem em minha direção e me abraça.
Sentimento estanho, mas bom. Sinto que encontrei uma pessoa valiosa, mas também sinto uma dor que aqui guardo em meu peito por anos.
— Senti a sua falta e de sua mãe também. Queria que ela estivesse aqui, ela te amava.
— Eu deveria estar feliz, mas...
— Não está? Não se preocupe, não irei ficar por muito tempo em sua vida.
— Não é isso, é que achei que alguém como você... Esquece.
— Morticia, você pode não me considerar seu pai ou alguém que ame, mas quero que saiba que estive atrás  de você por muito tempo. Desde que te deixei com os Le’Brokens eu já tinha meus receios.
— O que fez você entregar seu sangue para estas pessoas e achar que tudo iria ficar bem?
— Não tive escolha ou eu fazia isso ou você não teria uma família de verdade.
— Nunca tive, sofri durante anos com aquela família, sempre fui à filha bastarda dele, a sangue ruim. Quando resolvi sair, aquele que dizia ser meu irmão, fugiu comigo e contou toda a minha historia.
— Não sei o que ele te disse que a deixou deste jeito, mas posso garantir que não sabia que seria assim.
— Aquele que dizia ser meu irmão morreu pelo fogo que saia das minhas mãos. Ele desejava ser o que eu era, ele queria o poder que eu tinha, ele queria a vida que eu tenho.
— Sei que você passou por muita coisa todos esses anos, sei que nada do que eu fiz te fez me amar, mas agora as coisas vão mudar.
— E como pretende fazer isso?
— Vou te ensinar como lidar com seus dons.
— Já sou bem treinada com relação a isso.
— Não! Queria mas não está, eu poderia ter matado você, mas algo dentro de mim queria saber quem você era.
— Não me subestime pai.
— Até está me chamando de pai, logo poderá dizer isso com muito orgulho.
— Tenho que ir agora.
— Mas mal conversamos.
— Eu tenho que pensar em tudo isso. Eu tinha uma ideia diferente, mas fugiu de meus planos.
— Sabe onde estou?
— Sei sim e não está muito longe de mim.
— Meus servos vão levar você com segurança.
— Sei me cuidar muito bem sozinha. Já faço isso há anos.
Saio rapidamente do quarto.


Volto para o quarto de Igor, o sol ainda está muito forte para sair a caça, estou faminta.
Vou até a cama e vejo Igor dormindo de barriga para baixo todo descoberto. Seu corpo escultural atraiu meus olhos, mas mareava minha mente. Não tinha cabeça para isso, mas desejava o ter em minhas mãos.
— Igor você está me ouvindo?
Ele não responde.
Retiro minhas roupas um tanto rasgadas pela luta que tive com meu pai. Deixando meu corpo nu, saio em direção ao banheiro, precisava relaxar.
Abri o chuveiro e deixei a água correr, a água quente aquecia meu corpo, meus pensamentos se direcionavam as coisas que fiz e que estou a fazer. Durante anos e anos eu procurei meu verdadeiro criador. Mas agora estou tão próximo que não sinto mais essa vontade.
Não sinto fome também, a água que cai do chuveiro me alimenta.
Abro os olhos.
— O que é isso?
Sangue saia do chuveiro, como se fosse água.
Desligo o chuveiro e saio rapidamente do banheiro, sem olhar para traz acaba batendo de costas em Igor.
— O que foi Morticia? Isso é sangue?
— Acho que sim.
— Como? O que houve ai dentro?
— Não sei, eu simplesmente liguei o chuveiro que estava caindo água quente de repente começou a sair sangue.
Ele fica a me olhar.
— Morticia acorde! Acorde!
— Que?
— Acorde você esta ai debaixo desse chuveiro a horas.
— Já está de noite.
— Sim, como foi adormecer ai?
— Não sei! Tive um sonho estranho.
— Vamos, você tem que vestir alguma coisa.
Ele me leva até o quarto e entrega em minhas mãos uma calça preta de couro e uma camisa branca de botões.
— Vista isso.
— E a lingerie?
Ele joga uma lingerie preta com detalhes em roxo. Me visto e vou para sala para me juntar a ele.
— O que houve com você?
— Nada. Só estava cansada e acho que apaguei no banho.
— Isso não é normal. Você já esteve em diversas brigas e batalhas sangrentas mais nunca esteve tão exausta como esteve hoje.
— Talvez esteja ficando velha.
Ele ri.
— É acho que algo mudou em você. Vamos nos divertir esta noite, tenho sede e quero saciá-la. 
— Sim querido, mas antes tenho que ir até a recepção.
— Para quê?
— para ver o quanto vou ter que gastar com esse consumo de água que tive.
— Tudo bem então, vá eu irei me arrumar.
Saio do quarto já pensando em como vou fazer para que meu pai não saiba de Igor. Seus servos não me seguiram, mas também não posso garantir que não irão fazer isso. Tenho que manter meu pai em minhas mãos. Pois quem manda nesse jogo sou eu.
Vou novamente até o quarto onde meu pai está, seus servos estão na porta. Ele fazem reverência e a abre.
— Ele está aqui?
Um dos servos responde.
— Sim! Em seu banho.
Entro no quarto e vou até o banheiro. Ele é enorme, quase um quarto. Em uma banheira redonda ele estava.
— Porque demorou tanto para retornar a me ver?
— tenho coisas para resolver assim como você.
Ele se levanta, seu corpo estava totalmente nu, seu corpo realmente chamava a atenção, mas ainda tinha a máscara sobre o rosto o que me intrigava muito. Ele não parecia se importar com a minha presença, pois estava se enxugando em minha frente sem se quer se intimidar.
— Esta me admirando querida?
Desvio meu olhar.
— Não, você é sangue do meu sangue... Não posso... E nem quero... Ver.
Ele sorri.
— Não sei por que tanta explicação querida. Até parece que não é uma vampira. Aliais como isso foi acontecer.
— Bom... Não é de seu interesse, eu só vim para avisar que vou estar fora esta noite e que seus servos fiquem longe do meu quarto e de todos que estiverem comigo.
— Tudo bem querida não se preocupe, te dou a minha palavra.
— Uma vez você me deu sua palavra, mas ela não valeu nada.
Saio rapidamente do banheiro ele me segura pelo braço.
— Vou te provar que minha palavra ainda tem valor.
Ele retirou sua máscara e a deixou cair sobre o chão, mostrando seu rosto para mim. Seu rosto era belo, seus lábios rubros encantavam meus olhos, avia uma marca negra em sua face esquerda.
 Ele fixa seu olhar em meu olhar, morde seu lábio e beija os meus, o empurro com força.
— O que pensa que...
Antes que eu termine, meus lábios absolvem o sangue, sinto meu copo queimar por inteiro, uma sensação estranha.
— O que fez comigo?
— Fique quieta. Deixe agir, você ficou muito tempo com o seu poder bloqueado. Seu sangue precisa do sangue de sua família, para que possa obter o máximo de poder.
Começo a ficar tonta, rapidamente ele me segura e me deita sobre sua cama.
— Pode doer, mas será para o seu próprio bem.
Ele abre a minha camisa selvagemente.
— Não! Pare... Pare agora!
— Não se preocupe querida, não vou fazer nada que você não queira.
Ele passa suas unhas em meu peito e começa a fazer símbolos desconhecidos para mim. A dor é enorme, quase impossível de resistir, meus gritos eram contidos por uma de suas mãos que tampavam a minha boca.
 Debati diversas vezes até desmaiar.


— Acorde Morticia.
Abro os olhos.
— O que eu faço aqui?
— Não se lembra querida?
Ele se aproxima da cama. A máscara estava de novo em seu rosto.
— O que fez comigo?
— Apenas te deixei mais forte.
— Há quanto tempo estou aqui?
— tempo suficiente.
— Tenho que sair.
Começo a levantar, mas ele me para.
— descanse, você acabou de passar por uma transformação.
— Transformação do que?
— Verá em breve querida.
— Estou cansada de seus mistérios, tenho que sair daqui.
Ele se distancia da cama me deixando sair.
— Bom... Não sou dono de sua vida, mas prezo por ela. Tome cuidado querida, você já não é mais a mesma.
Saio do quarto rapidamente. Entro no elevador, fico a olhar meu corpo, não vejo marcas nem arranhões, não vejo nada de diferente, mas como ele disse estou diferente, algo dentro de mim mudou. E me lembro de ver suas unhas rasgando minha pele.



Chego ao meu andar e vejo Lorde Dri parado na porta do meu quarto.
— O que faz aqui?
Ele me olha com ar de aliviado.
— Por onde esteve?
— Não devo explicações a você.
— Seu segurança foi atrás de mim, ele disse que você desapareceu por seis dias. Aonde você esteve? Suas roupas estão deploráveis.
Seis dias? Eu não entendo parecia horas.
— Onde esteve?
— Bom eu...
Dri não deve saber ainda, acho melhor inventar uma desculpa para ele.
__ Dri eu estou bem, não precisava se preocupar comigo, Igor é um bobo se apavora por nada, estava caçando apenas isso.
— Não sei, você está diferente, não posso nem mais ler a sua mente.
— Eu a bloqueei para que Igor não a lesse.
Ele levanta seu braço perto dos lábios, rapidamente seguro seu braço.
— Para que?
— para nos conectar de novo.
— Não, Dri é melhor assim.
Ele fica a me olhar.
— O que foi?
— Não vai me convidar para entrar?
— Igor deve...
— Ele deixou a chave comigo caso você voltasse e antes que você pergunte, ele foi pegar o irmão dele que chegou de viagem, Stevan.
Entramos no quarto e me sento no sofá.
— Dri. Como Igor deixou você ficar aqui sem briga?
— Bom, não foi bem assim, mas ele não tinha muita escolha. Conheço você muito mais que ele.
Dri tem razão ele me conhece muito bem, viveu comigo muitas historias e fez parte do que eu era.
Levanto e vou até ele, o abraço e encosto minha cabeça em seu peito.
— Há muito tempo você não faz isso.
— Dri eu o amo e você sabe disso, mas você sempre foge de mim, agora entendo o porquê. Você sabe que eu estou em constante mudança e que como sempre estou metida em alguma confusão e não é isso que você quer. Sei que busca conhecer mais sobre o que você é e desfrutar dos prazeres que um vampiro tem.
— Morticia a onde quer chegar?
— Que não sou eu quem deve ficar com você, mas se me der essa chance terá que conviver com tudo isso.
— Morticia parece que você esteve em uma crise de...
— Não Dri eu só quero saber se você esta do meu lado ou não?
— Querida eu sempre estive ao seu lado, não totalmente, mas como você me disse  eu estive com você nos momentos que você mais precisou. Não entendo porque quer tanto que nos tornemos um casal comum.
— Eu o amo.
Ele fixa seu olhar no meu, lagrimas de sangue caem de meus olhos. Ele me beija, seu beijo me deixa sem dizer uma palavra.
Sei que Dri não ira suportar meus desejos e meus planos, mas eu o quero perto de mim.
O levo até a cama e rasgos suas roupas, ele em seguida faz o mesmo com as minhas. Seus beijos suas caricias, era tudo que eu queria naquele momento. Dri diferente de todos os homens que já tive é o único que sabe satisfazer meus desejos. Seu jeito de me dominar era incomum, nenhum mortal ou imortal poderia chegar em sua perfeição.


— Dri o que você sente por mim?
Ele começa a rir.
— Morticia acabamos de transar e você me vem com uma pergunta dessas.
— Homens... todos iguais.
— digo o mesmo de vocês.
Deito ao seu lado e fico a pesar quais sãos os planos do meu pai com relação a mim... De repente escuto batidas na porta.
— Deve ser o Igor, se ele te ver assim vai me matar.
— É até bom, assim ele vai saber quem manda aqui.
— Que no caso não é você.
Dri me olha com o canto dos olhos.
— Vistasse logo.
Pego o lençol e me enrolo nele, vou até a porta e abro.
— O que fazem aqui?
— Seu pai nos mandou para que você venha até ele.
— E o que ele quer, ele me teve em suas mãos por seis dias.
— Não sabemos lady, só cumprimos ordens.
— Então diga a ele que mandarei noticias.
Fecho a porta rapidamente. Dri está parado entre o quarto e a sala a me olhar.
— Então era por isso toda aquela conversa, você o encontrou.


Meu pai sempre foi uma das minhas buscas, mas isso não era para ter poder ou fama, nada disso era o que eu queria. Tornar-me aquilo que foi planejado a mim era o meu único objetivo.
— Dri eu o encontrei e quero voltar a ser como eu era.
— Por um lado isso é bom, pois encontrou seu pai e poderá aprender mais sobre seus poderes, por outro lado você ainda não sabe controlá-los e poderá ferir alguém que ama e o que é pior poderá nunca mais ser quem você é. O mal vai sucumbir sua mente até não restar mais nenhum pingo de compaixão. Poderá nunca mais me ter em seus braços.
— Você disse que estava do meu lado.
Dri começa a me olhar estranho.
— O que há em seus olhos eles estão ficando vermelhos.
Começo a andar em sua direção.
— Você disse que estava do meu lado, você só quis me usar como todas as outras vezes.
— Do que você esta falando, Morticia.
Ele começa a andar para trás, olhava diversas vezes para os meus olhos e para as minhas mãos.
— Você me subestima demais.
Seguro um dos seus braços o arremesso contra a parede, mas ele foi mais rápido e conseguiu desviar.
— Morticia olha o que você esta fazendo. Como pode querer que...
Antes que ele termine o agarro pelo pescoço e o arremesso contra o chão.
— Como pode... Querer que eu fique com você desse jeito?
O solto e me distancio dele.
— Morticia você ainda esta resistindo, mas se continuar vai ser pior que isso.
— Você tem razão, vá e me deixe com minha fúria, não quero te machucar.
— Também não é assim Morticia.
O celular dele começa a tocar.
— Alô?
— Ela já está ai?
— Sim, é melhor você vir aqui para consertar o que fez.
— Não entendi, você não gostou da verdadeira Morticia?
— Igor você fez a escolha errada.
Vou até ele e pego o celular de suas mãos.
— Igor onde está Stevan, ele esta indo para o apartamento agora.
— Bom... e você?
— Estou levando Lady Amanda para visitar alguns amigos de nossa família.
— Mantenha Lady Amanda longe daqui.
Desligo o celular.
— Dri me desculpe pelo que fiz você passar, eu me sinto diferente, realmente meu pai tinha razão. Eu mudei!
— Quero te ajudar, mas isso só será possível se você deixar.
Mordo meu lábio e o beijo ele faz o mesmo.
— Então me faça forte.
— Forte você já é Morticia, só tem que controlar essa força dentro de você.
— Venha quero te apresentar a ele.
— Ele? Seu pai?
— Sim.
— não sei se é certo... Mas temos que saber com quem estamos lidando.
Vou me arrumar saímos em poucos minutos.
Ele fica na sala a se arrumar e escuto alguém batendo na porta novamente.
— Meu lorde você poderia atender.
— Tudo bem, Morticia.


Continua....

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Morticia vai a caça - parte 03 - por Stefany Albuquerque


Morticia vai a caça - parte 3 - Por Stefany Albuquerque



 Visto novamente meu vestido e seguro nas mãos, as minha sandálias.
— Onde pensa que vai?
Escuto a voz de Igor, olho para cama e o vejo desmaiado.
— Estou ficando louca, ele está desmaiado.
— Louca! Você vai estar se sair daqui agora.
— Está em meus pensamentos não é?
— Sim, e você pensa que vai a onde?
Ele some da cama.
— Não estou te prendendo aqui, mas se quer ser quem você era, é melhor esquecer esse tal de Dri.
Ele estava na sala sentado no sofá a me olhar com cara de bravo.
— Você tem que entender que sou assim agora e que...
Antes que eu termine, ele me interrompe.
— Vou com você e te mostrarei que não precisa dele.
— Não! Você não vai!
— Não é uma questão de decisão, é uma certeza. Eu vou e não tente me impedir.
Arrumamos-nos rápidos e saímos em direção à garagem.
— Meu carro está logo ali.
— Me deixe adivinhar... o Porsche Cayenne.
— Errou... A BMW M3 preta.
Ele sorri.
— Achei que apreciava mais velocidade... Como um Porche.
— Entre no carro e pare de falar besteira.
Entramos no carro em direção a ao Luna Di Crapri. Coloco o cinto.
— BMW não faz o meu estilo.
— Não perguntei, Igor.
— O que ele tem de especial?
— Glamour meu querido, Glamour.
— Mas voltando ao assunto...
O interrompo.
— Sabia que a Bmw atinge 100 km em 5.9 segundos.
— Não mude...
Antes que ele termine entro drifitando em uma curva, ele bate com a cabeça no teto do carro. Começo a rir.
— Não sabe dirigir não!
— Machucou muito? Ha ha ha.
— Não teve graça Morticia.
— Isso que dá quando não se coloca o cinto.
— Agora vai me dar aulas de trânsito.
— Pare de ser bobo. Chegamos.
Entrando no restaurante um rapaz vem nos atender.
— Boa noite senhora e boa noite senhor, desejam uma mesa?
— Estou esperando um amigo.
— Se seu amigo tiver reserva ele deve estar na lista, posso ver se ele já esta aqui, senhora.
— Tudo bem seu nome é...
— Morticia estou aqui.
Dri acena com a mão. Vou até ele e Igor fica sentando no bar.
— Quanto tempo Morticia.
— Não deveria estar aqui.
— Realmente não deveria, mas estou.
— O que quer?
— Você me mandou cartas, mas nenhuma era para mim e sim para Victorio Antony.
— Ele quer o chip, não posso dar a ele.
— Bom não é o que parece.
— Leu as cartas.
— Não, mas acho que pediu algo em troca.
— Por que acha isso?
— Você é sedenta pelo sangue de seus amigos e inimigos, agora só basta saber se ele é seu amigo ou inimigo.
— Na verdade não sei dizer. Encontramos-nos há muito tempo, uma simples troca de olhar nada mais. Mas acho que podemos descobrir. Foi bom te ver tenho algo para entregar a ele.
— Não é o chip.
— Sim, mas não aquele chip.
— Como assim?
— Este contém somente às informações que ele precisa.
— Se começar a dar essas informações a todo mundo logo não precisará mais desse chip.
— É só esta vez.
— Acho que ele é um amigo agora.
— É o que eu espero.
Entrego em suas mãos uma carta.
— Está aqui dentro.
— Sim esta é a minha ultima carta para ele.
— Ok.
— Mudando de assunto, desde quando tem um segurança?
— Segurança? Do que está falando?
— Daquele cara de cabelo comprido sentado ao bar. Ele não para de nos observar.
Olho para Igor.
— Só um minuto Dri.
Saio da mesa e vou à direção a Igor.
— como um observador você é terrível.
— Por que esta ofensa?
— Pare de encenar, vamos Dri já o viu.
Caminhamos até a mesa onde Dri estava.
— E esse quem é?
— Lorde Igor D’shelder. E você deve ser Dri.
— Lorde Danny Ray I... Lord Dri para os amigos.
Igor olha com uma cara de poucos amigos para Dri.
— Bom vamos sentar.
Eles sentam um secando o outro.
— Fará o que eu te pedi, Dri?
— Sim. Mas me diga Igor se assim posso o chamar...
Igor o interrompe.
— Lorde Igor, é assim que todos têm que me chamar.
Antes que Dri responda grosseiramente Igor me manifesto.
— Engraçado Igor, eu não o chamo de lorde.
— Você é uma exceção.
— Vamos parar de arrogância aqui e conversar como adultos. O que quer de mim Dri, acho que não veio para falar de Victorio apenas.
— Não, mas das pessoas que estão atrás dele e de qualquer um que o ajudar.
— Não tenho nada a ver com isso, as cartas foram enviadas á você para que não soubesse que eram minhas.
— Eles estão atentos, principalmente Minerva e...
— Não quero saber, eu tenho outros problemas para resolver.
Igor se manifesta.
— Morticia está em busca de outro ser, do qual você não vai ajudar em nada colocando essas ideias em sua cabeça.
— Você não sabe de nada Igor, eu conheço Morticia há mais tempo que você. Não venha me dizer como tenho que agir com ela.
Igor se levanta com rapidez e agarra o pescoço de Dri, rapidamente corro em sua direção e retiro suas mãos do pescoço de Dri.
— Abaixe sua mão Dri. Igor poderia perfurar seu coração com um só golpe, tudo isso antes de enforcá-lo.
Eles abaixam as mãos e as pessoas ao redor batem palmas achando que era uma encenação.
— Bravo senhores.
Diz o garçom.
 Igor passa por ele e o empurra, sai em direção ao carro.
— Seu segurança é meio nervoso demais, não acha?
— Você sempre tem que brigar com todos os homens que saem comigo.
— Por que será?
— Dri não sei por quê? Você foge de mim quando chego perto de você, de seu coração. Agora fica ai com ciúmes e mesmo assim não faz nada para ganhar meu coração.
— Está falando bobagem Morticia.
Ele me agarra e me beija, as pessoas ficam a nos olhar caladas.
— Não pense que eu vou esquecer.
— E não é para esquecer querida. Espero que venha ao meu encontro novamente.
Fico a olhar ele.
— O que foi Morticia, por que está me olhando desse jeito?
— Dri se eu deixasse de ser quem eu sou agora, isso mudaria alguma coisa entre nós?
— Do que você esta falando?
— Sim ou não?
— Não... Eu acho.
O beijo e saio rapidamente em direção à recepção.
— Entregue isso ao homem que estava comigo.
A recepcionista balança a cabeça em forma de concordância. Saio do restaurante e entro no carro. Igor estava segurando o volante e com a cara fechada.
— Ele...
Igor me interrompe.
— Então agora você esta pronta.
— Sim... Acho que sim.
Ele começa a dirigir de volta a ao hotel. Ele estaciona o carro na garagem e abre a porta para mim.
— Venha Morticia, tenho algo para te mostrar. Quando disse a você que a trataria como merece não estava brincando.
Entramos no elevador e fomos até o quarto. Os Serviçais provavelmente estiveram no quarto, pois estava tudo arrumado e sem machas de sangue. Igor retirou a camisa e se sentou no sofá esticando a mão em minha direção. Caminho até ele e me sento ao seu lado, sua mão desliza em meu rosto.
— Pelo jeito Dri não vai se importar com sua mudança.
— Ouvi toda a conversa, não é?
— Sim, mas quero iniciar a nossa. Voltamos ao Brasil por um propósito apenas, o de encontrar seu pai. Estou aqui para te ajudar, mas isso só vai acontecer se deixar.
— Como assim?
— Preciso invadir sua mente.
— Mas você já faz isso, sempre lê meus pensamentos até quando eu não quero que leia.
— Não é bem assim Morticia, leio apenas o que você me deixa ler. Eu digo invadir por completo, até onde está sua primeira força, sua primeira aparição.
Levanto com rapidez e saio de perto dele.
— Não, isso está indo longe demais Igor, vai descobrir coisas que não deve saber, vai ver o quanto fui má e o quanto eu sou sem coração.
— Mas Morticia, todos nos somos sem coração.
Ele chega perto de mim e encosta minha mão em seu peito.
— Vê? não á nada a bater aqui, não á sentimento, não á nada a pulsar. Somos secos e sem vida. Você tem um grande poder em suas mãos e não usa porque tem medo de como as pessoas agiriam com você, mas não tem com o que se preocupar, porque são elas quem tem que ter medo e devem respeitar você.
— Igor isso não esta certo, eu posso destruir o mundo.
— Então o faça se for preciso, se sua natureza pede isso.
— Não.
— Não negue quem você é. Seu pai ia querer isso, ele era assim. E acho que é até hoje.
— Meu pai teria orgulho de mim se me visse como estou hoje.
— Sim, mas acredite-o teria mais ainda se soubesse que sua filha ainda honra seu nome. Sua família foi conhecida por ser uma grande família de demônios, seu pai é um guerreiro um demônio excepcional. Batalhou em guerras que jamais um vampiro comum conseguiria vencer. Seu pai, um grande demônio, não pensou duas vezes em atacar seu próprio irmão que queria sua cabeça e a de seu pai. Ele se sacrificou por você, e isso tudo está em sua mente, em seus pensamentos, se torne aquilo que seu pai tanto desejou.

Fico a pensar em suas palavras e acabo lembrando de algo, que em minha memória se escondia.

— Walter tenho algo para te mostra.
Ele me olha empolgado.
— O que é Morticia.
— Tenho um dom novo.
Ele coça a cabeça.
— Me mostre.
Gesticulo as mãos e seguro em seu braço.
— Pare Morticia está me machucando.
Seus olhos derramaram lágrimas e seu rosto se esmoreceu, sua dor me causava uma felicidade algo tão bom, mas a ele, causava um medo, um sentimento ruim. Largo seu braço e ele se distancia de mim.
— Walter o que foi?
— o que foi, olha o que você fez comigo.
Ele estica seus braços, á marcas de queimaduras enormes.
— Walter eu não queria fazer isso me desculpe. Eu só queria te mostrar meu novo dom.
— Você sentiu prazer no que você fez?
Fico em silencio.
— Sentiu?
Ele grita.
— Senti, senti tanto prazer que faria de novo e de novo várias e várias vezes até você implorar por sua morte, até eu queimar você por inteiro, até sobrar somente suas cinzas.

Seu olhar assustado foi o que mais me comoveu, ele era apenas uma criança curiosa, e eu uma menina má com um coração de pedra.

— Morticia isso foi há muito tempo, não pode se culpar.
— Não me culpo, mas acho que o que ele apenas queria, era ter uma irmã como qualquer outra.
— Não pode considerar ele seu irmão ele tentou te matar.
— Mas fui eu quem o matou.
— Para a sua própria defesa.
— Poderia tê-lo deixado viver.
— Então morreria e ele usaria seus poderes contra tudo e contra todos.
— Ele só queria ser como eu.
— O destino queria que ele fosse normal como toda criança, ele tinha algo ruim dentro dele, ele mudou seu próprio destino, você não tem culpa disso.
Ele some e aparece na cama novamente.
— Sei que se interessou por este meu dom e acho que posso ensinar a você.
— Não vai mudar minha mente tão rápido.
— Querida seque seu rosto. Ele está coberto por lágrimas de sangue.
— Muito engraçado de sua parte mais não escondo minhas lagrimas...
Ele me interrompe.
— ... E blá, blá, blá. Venha! Tenho muito para te ensinar.
— Estou faminta não estou com pique para truques.
— Você disse truques? Acha mesmo que faço truques.
— Não me interesso se são truques ou não, só que estou faminta e se você não quer ser a minha vítima, é melhor que fique calado.
— Vou te trazer algo, ou melhor, alguém para seu deleite.
Ele sai rapidamente do quarto.



Igor está querendo me ajudar, mas suas ideias me assustam um pouco. Se me tornar o que eu era posso causar dor a muitas pessoas, sinto sede de vingança, de ódio e de fúria. E ele está alimentando isso com suas palavras e seus conselhos.
Stevan diria o contrário, mas Stevan é carta fora do baralho.  Assim como Dri deveria ser, ele me usa para seus prazeres, e eu aceito suas artimanhas, queria esquecer Dri por minuto, mas ele vive em meus pensamentos. Se eu mudar, mesmo assim quero Dri ao meu lado. Espero que Dri entregue a Victorio minha última carta e que Victorio consiga aquilo que procura, pois temos assuntos pendentes, mas isso ficará para outra hora. Pois tenho que resolver os meus primeiro.
Vou aprender a ser má em constante novamente. Vou voltar a ser quem eu era.

— Entre meninas, tenho que lhes apresentar alguém.
— Igor?
— Morticia estas são Lidya e Verona.
— E você está tentando ganhar elas na lábia.
Ele sorri.
Vou à direção das duas moças e passo minhas mãos em seus rostos. Penetro meu olhar nelas.
— Durma.
Elas apagam nos braços de Igor.
— Você acabou com a minha festinha.
— Não quero saber, elas são apenas alimento, não é?
— Você esta certa.
Ele joga uma delas no sofá e a outra, ele morde.
— Alimente-se querida, vamos brindar a sua volta.
Seguro o pulso da que está em seus braços.
— A minha volta.
Mordo o pulso da moça.
 Depois de algumas horas, Igor e eu estávamos com os lábios cheios de sangue e deitados na cama com as meninas entre nós.
— Acho que estou gostando desse meu novo jeito.
— Não é novo e nem antigo, é a sua verdadeira face.
Saio rapidamente da cama em direção a sala.
— O que foi Morticia?
— Meu celular.
O atendo.
— Morticia querida, ele está bem perto de você, olhe pela janela.
Corro até a sacada, olho para baixo e vejo um homem alto de cabelos negros compridos, com uma capa negra em seu corpo. Ele entrou no hotel com dois homens grandes iguais a ele.
— Morticia você está ai ainda?
— Sim, Stevan. E como sabe disso.
Igor se manifesta.
— O que Stevan quer?
— Meus homens o encontraram e avistaram você e Igor no mesmo local. Diga para Igor descer e ficar espiando de longe. Ele não sabe que você está ai e nem pode saber.
— E por que não? Eu vim para isso.
— Não sabemos qual será sua reação nem a dele, a ultima vez que ele esteve em Portugal ele soube que estava aqui e desapareceu novamente. Então foi ai que meus homens o avistaram no Brasil.
— Ok Stevan! Vou tomar minhas precauções.
— Estou indo para o Brasil com Lady Amanda, temos uma viajem de férias.
— O bicho está pegando aqui... Ah quer saber faça o que achar melhor.
— O que houve com você?
Olho para Igor.
— Vá até a recepção e fique de olho no homem que está de capa negra com dois seguranças. Discretamente.
— Ok estou indo.
Ele sai do quarto com rapidez.
— Nada Stevan.
— Está diferente. o que meu irmão anda fazendo com você?
— Ele esta me ajudando a ser quem eu sou de verdade.
— Se fizer isso será o seu fim, não terá mais volta. Você sabe o que houve da ultima vez.
— Sim, acho que eu hora de voltar.
— Estou indo para o Brasil, espero te ver do mesmo jeito que a vi da ultima vez.
— Não garanto isso.
Desligo o telefone.
 Vou até a cama e vejo as mulheres deitadas, elas estão secas. Gesticulo minhas mãos e as queimo. Seus corpos até virarem cinza. Enrolo suas cinzas no lençol da cama e vou com ele até a sacada, jogo suas cinzas ao vento. Volto para a cama e Igor está sentado nela.
— E então?
— Não vi seu rosto, pois ele tem uma máscara, a recepcionista disse que ele é um ator de teatro, e que está na cidade para uma peça. É seu pai não é?
— Talvez.
— Sinto o seu cheiro nele.
— Talvez.
— Vou treinar você, para estar ao nível dele...
— Eu já estou Igor há muito tempo. Stevan esta vindo e ele não aceita como eu sou.
— E nunca ira aceitar. Não deixe que ele mude seus pensamentos.
— E não ira.
— Vamos descansar um pouco, pois logo ira amanhecer.
— Sim.
 Fecho as janelas e Igor arruma a cama. Nós deitamos. Ele adormece, mas minha mente ainda está focada naquele homem de capa negra. Finalmente vou conhecer o meu verdadeiro criador.
Canalizo meus pensamentos nos de Igor e começo a ver o que ele viu quando esteve na recepção. A moça da recepção lhe deu a chave de um apartamento, mas Igor não conseguiu ver, mas ouviu-a mencionar que é 9° andar. Meus pensamentos se desconectam com os dele e fecho minha mente. Impedindo que ele possa a ler. Saio da cama com cuidado para não o acordar, vou até o guarda-roupa e pego uma calça de coro uma bota e uma regata preta. Minhas típicas roupas de caça. As visto com cuidado para que nenhum barulho estrague minha estratégia. Escovo os cabelos e os deixo solto, passo minha maquiagem negra nos olhos e o batom vermelho nos lábios. Visto meu coldre de cocha com sete punhais, piso com força no salto da bota e uma faca sai no bico dela, piso novamente ela some. Na minha coxa esquerda colo outro coldre com uma pistola e um pente reserva. Nas laterais da bota colo punhais negros que se parece com os enfeites que a própria bota tem. Visto meu sobretudo com os meus outros acessórios.
— Estou pronta!
Saio do quarto sorrateiramente, no corredor, há câmeras por toda parte. Passo normalmente por ela tentando não chamar a atenção. Pego o elevador e vou até 9° andar. Ao chegar o silencio cobre o lugar um cheiro estranho de rosas acompanha o silencio. As portas então todas fechadas e apenas uma no fim do corredor está aberta, chega a ser quase um convite. Chego mais perto e vejo o quarto escuro e vazio. Passo minha mão na luminária e a acendo. O quarto parecia não ter ninguém mesmo, entro mais e avisto uma cama grande em lençóis vermelhos. As janelas fechadas realçavam os quadros na parede. Entro mais até chegar à cama.
— não deve ser o quarto dele. Não á ninguém aqui, devo ir embora.
A porta fecha causando um arrepio em mim. Viro-me rapidamente.
— gasit ceea ce a vrut.
(encontrou o que queria)

continua...

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Morticia vai a caça - Parte 2 - por Stefany Albuquerque



Morticia vai a caça - Parte 2 - por Stefany Albuquerque


Sento em uma cadeira de vime, fico a observar Igor. Ele estava com as mãos amarradas à cabeceira da cama, mas não como ele havia feito comigo.
Rasguei uma das cortinas do quarto para amarrá-lo bem forte, para que não saia.
Seu corpo ainda estava nu e seus cabelos estavam cobrindo a face. Aproximo mais a cadeira sentando perto dos pés da cama. Encosto minha mão em uma de suas pernas e começo a esquentar. Ele abre seus olhos e se assusta.
— Pare! O que esta fazendo?
Ele balança a cabeça para o lado, para retirar o cabelo do rosto.
— Que foi? Achei que estava com frio.
Sorrio.
— Você me bateu, me mordeu e sugou o meu sangue e ainda quer me torturar?
— Você me subestima querido e isso faz de você meu rato de laboratório.
Ele fica com raiva.
— Não sou nada disso!
— Não se exalte querido. Vou acabar com o seu sofrimento logo.
Levanto da cadeira em direção a cama. Subo em seu colo e  passo a mão na frente do seu rosto para colocar seus cabelos de lado, mostrando mais a sua face.
— Igor não posso te levar comigo para o Brasil. Não quero arrumar encrenca  por lá.
— Não sei se você sabe, mas estou fraco e faminto não me diga "não" nessas horas.
Começo a rir.
— Não! E não... Prove-me que...
Antes que eu termine, ele estica a cabeça e morde meu pulso. Rapidamente o retiro dando um tapa em seu rosto.
Ele sorri com os lábios cheios de sangue. Saio rapidamente de cima dele.
— Seu verme! Definitivamente não.
— Pare com isso Morticia! Sei que gostou do que eu fiz, e além do mais, não sou tão bobo assim.
 Em uma fumaça negra ele desaparece.
— Onde será que ele foi?
— Bem aqui atrás de você.
Ele me agarra pelo pescoço e me coloca contra a parede, apertando seu corpo no meu.
— Se esqueceu que sou do clã das sombras?
— Me solte!
— E por que deveria?
Começo a queimar sua mão. Ele me solta rapidamente.
— E você se esqueceu quem sou? Chega dessa brincadeira boba. Já disse que não pode vir comigo.
— Quem esta no Brasil que você esta tão preocupada que eu conheça?
Desvio o olhar.
— Você tem um lorde não é?
— Não, não tenho.
— Se não tivesse não estaria tão preocupada. Não se preocupe serei discreto. Aliais você não é minha.
— Não sou mesmo, mas bem que você...
Ele chega perto de meus lábios, fazendo com que eu encoste na parede novamente.
— Queria, disse bem queria.
Ele sai de perto de mim e some em uma fumaça negra novamente.
— Por que você sempre tem que fazer isso?
Ele grita da sala.
— Achei que Stevan tivesse te acostumado.
Começa a descer as escadas.
— Acho que você esta com ciúmes dele, porque ele esteve comigo em noites que você jamais esteve.
Ele aparece com um vestido preto em suas mãos.
— Tome vista isto. Não tenho ciúmes de Stevan, porque o que é dele é meu também.
Pego o vestido de suas mãos e retiro a cortina que estava em meu corpo. Deixando meu corpo nu para seus olhos.
— Vou desapontá-lo, não sou parte da herança de seu pai, então não sou de nenhum de vocês.
Ele me puxa para perto de si.
— você passou pelas mãos do meu irmão e tudo que passa pelas mãos dele também passa pelas minhas. Agora você é minha!
O empurro.


— Calminha querido não vá tão seco ao pote. Seu irmão me conquistou, terá que fazer o mesmo.
— Então está feito, se eu conseguir te conquistar então você será minha.
— Sim, mas não será nada fácil.
— Só depende de você para tornar fácil, mas prefiro assim, gosto de desafios.
— Que bom, agora se arrume temos dez horas de viajem e eu preciso de roupas diferentes. Alem do mais, onde estamos? Esta não é a sua casa e pelo que vejo não é a de Stevan também.
— Esta casa era de nosso pai, é uma das casas que meu pai tinha em nossa região.
— Seu pai tinha bom gosto, ele escolheu uma casa perto das matas.
— Como sabe que é perto de matas?
— Sinto o cheiro delas.
— Nós, vampiros, somos criaturas espetaculares.
— Concordo.
— Mas os demônios também tem seus atrativos.
— Pare de falar besteira.
Ele desaparece.
— Você quer parar com isso, está me deixando nervosa.
— Calminha, só fui pegar suas coisas.
Arrumamo-nos rápido e saímos em direção aeroporto, tivemos dez horas de viagem e nesse período, ele se comportou muito bem. Olhando para as aeromoças e as drenando no banheiro, o que era curioso é que ele não as matava, mas as deixava indispostas. Tivemos algumas paradas porque precisaram fazer a troca de funcionários, pois algumas moças estavam com anemia.
Mesmo assim conseguimos chegar ao Brasil sem suspeitas.

Hospedamos-nos no hotel Grand Hyatt. No 13° andar. Igor fica cada vez mais curioso com as pessoas, os locais e até com o atendimento.
— Até parece que nunca veio a São Paulo.
— E nunca vim mesmo, no Brasil só conheço a sua cidade.
— Hum, nem me lembre a ultima vez que esteve em Curitiba me causou muitos problemas.
— Não exagere, ninguém pediu para um lobisomem se meter em meus assuntos.
— Você, como sempre, tinha que agir como um arrogante e petulante.
— Somos da mesma laia querida, não me julgue tão mal.
— Vou tomar um banho. Não saia do prédio! Não quero ter que procurá-lo por ai.
— Tudo bem?
— Tudo bem não!
— Ok! Está bem Morticia. Vou ficar aqui sem exitar.
— Acho bom!
Vou para o meu banho. Já não aguentava mais usar aqueles casacos de pele do pai de Igor.
Debaixo do chuveiro, fico a pensar em como será que o meu Lorde está. Mesmo morrendo de ódio eu ainda o amo. Eu achei que seria diferente dessa vez, mas acordei de novo sozinha em prédio na Avenida Paulista. Por que ele foge assim de mim? As vezes acho que não sou nada para ele, outras eu acho que tenho que conviver com isso.
Sinto falta do Dri o meu Dri, mesmo ele sendo um cachorro sem vergonha, um Puto, eu o amo. Deveria o fazê-lo sofrer, mas meu coração é dele e não aguenta ver isso acontecer. Quem sabe Igor consiga endurecer meu coração, me deixando menos vulnerável ao Dri.

 

Ouço um barulho na sala.
— Igor?
Ele não responde.
Enrolo-me em uma toalha e vou até a sala. Não avisto ninguém. Vou até o quarto e encontro Igor deitado na cama completamente nu, apenas coberto por um lençol vermelho de cetim.
— Igor o que foi aquele barulho.
Ele não responde e nem abre os olhos. Esta dormindo, a viagem foi longa e ele esteve muito ativo nela. Não era difícil ele pegar no sono agora. Volto para o meu banho, termino e visto um vestido vermelho vinho e uma sandália de salto alto preta, deixo os cabelos soltos. O clima era de muito calor, o ar condicionado estava ligado, mas não parecia fazer muito efeito.
Em cima da mesa central da sala tinha um balde com gelos e uma garrafa de champagne. Alcanço uma taça e a carrego comigo para a sacada. A noite era de lua cheia e estava belíssima.
Poderia aproveitar a noite e ir de encontro ao Dri, mas não. Não seria certo. Poderia matá-lo com a raiva que sinto ou judiar dele na cama. O que não seria nada mal. De repente sinto uma presença bem ao meu lado e antes que eu me vire ouço...
— Deixe de pensar tantas tolices querida.
Ele me aperta junto ao seu corpo.
— Não deixei que lesse meus pensamentos, Igor.
— Se tivesse em pedido, não os teria lido. Quem é Dri?
— Alguém que não quero que conheça.
Ele me aperta mais forte e roça seu cavanhaque em meu pescoço.
— Eu sabia que tinha alguém aqui que tem seu coração.
— Esqueça o que você ouviu.
— Ouvi também que eu posso endurecer seu coração, e nisso você está certa. Não sei quando você ficou tão mole assim, quando te conheci era uma guerreira que não tinha piedade de ninguem e que tinha aquilo que queria. Não se importava com humanos, vampiros, lobisomens e etc. O que houve com você, Morticia?
— Ouvi que me apaixonei por este lorde do qual você ouviu. O conheço há muito tempo e o desejo também há muito tempo. Mas... toda vez que estamos bem...
— Ele escapa de suas mãos. Eu sei, eu ouvi tudo. Vou fazer você voltar a ser quem você era.
— E como vai fazer isso.
Ele toma a taça de champagne de minha mão a bebe.
— Te tratando como merece.
Ele me vira e me beija. Seus lábios são macios e suaves, sua língua é um poço de prazer, assim como seu corpo, seus músculos eram um monumento desejado por muitas mulheres e invejado por muitos homens. Seus cabelos negros eram compridos e lisos, minhas mãos deslizavam por eles causando uma excitação a ele. Suas mãos fortes dedilhavam minhas costas e se acalmavam em minhas nádegas, suas pernas rosavam no meio das minhas e me arrepiava, sua boca deixava meus lábios solitários e navegava em meus seios. Aos poucos a taça escorrega de sua mão e cai sobre o piso. Mas isso não importava para ele, pois estava ali a me ter em seus braços.
Talvez ele tenha ganhado a aposta.
— Não!
O empurro.
— O que foi Morticia.
— Se acha esperto não é? Não vai ser tão fácil assim.
— Do que você esta falando?
— Você não terá como sua, não agora, nem amanhã, nem nunca.
— Morticia, se acalme! Olha o estado que você me deixou.
Ele estava completamente excitado.
— Viu! Você já está ficando má novamente.
— Pare de falar besteira.
— Deixou de ter um prazer absoluto comigo por orgulho. Estou gostando de ver, mas...
— Mas o quê?
— Poderíamos terminar, porque isso aqui não vai ficar assim por muito tempo.
Começo a rir. De repente apareço na cama em seu colo.
— Como fez isso? Achei que você só podia aparatar com objetos.
— Posso te ensinar, mas deixa isso para outra hora está bem.
— Não! Não está nada bem para você.
Rapidamente subo em cima dele.
— Isso me mostra o quanto você é má.
— Não vai suportar.
— Tente.
— Depois não diga que não avisei.

Algumas horas depois, ele estava inconsciente jogado na cama, com as costas arranhas e um enorme corte perto de suas nádegas, seu rosto estava se regenerando devagar, mas ainda podia ver os arranhões profundos. A cama estava com varias manchas de sangue por toda a parte. Como havia falado para ele,... não iria aguentar.
Escuto meu celular tocar. Saio da cama rápidamente para não acordar Igor.
— Alô?
— Olá Morticia quanto tempo?
— Dri?
— Achou que fosse o Henrique? Sim, venha para mim.
— Não posso não estou...
Ele me interrompe.
— Não minta para mim, sei que está em São Paulo e que não esta só, espero que não tenha me esquecido.
— Não Dri quem esqueceu de mim foi você.
— Estarei no restaurante Luna Di Crapi às 20h. Venha para mim.
— Não...
Ele desliga o telefone, olho a hora no celular são 19:22. Volto meu olhar para Igor.
— ele está dormindo mesmo.

Continua...