terça-feira, 10 de março de 2015

Desespero em Família


Desespero em Família

Neculai ensina Karina a usar seus poderes de vampira 

─ Mãe! Mãe! Abre a porta!
─ Mas que barulho é esse filha? Cadê a sua chave? 
─ Eu perdi mãe! Abre logo! Ela está vindo para cá!
─ Já vai! Calma! Para de bater na porta deste jeito! Pronto.
─ Mãe! Olha lá mãe. Vem para dentro mãe!
─ Para de agir como criança! Você já tem 19 anos.
─ Mas olha para ela mãe. Está usando um vestido de noite todo rasgado e cheio de sangue. O cabelo está todo bagunçado. 
─ Parece sua tia quando acorda de manhã. Calma filha. Talvez ela precise de ajuda.
─ Não mãe. Entra. Ela está olhando para a gente e está parada no quintal. Eu falei para colocar portão no quintal mãe. 
─ Ela deve estar querendo comer alguma coisa. 
─ Sim mãe! Nós... Ela vai jantar a gente por ficar aqui fora. Entra logo.
─ Ela está vindo para cá. vou falr com ela. ─ Você quer alguma coisa? Comida? Bebida? 
─ Ha Ha... Sim eu quero! Quero muito... O cheiro está delicioso. 
─ Mas eu ainda não esquentei o jantar. Do que ela será que está falando? 
─ Dá gente mãe! Ela quer nos jantar! Entra logo deixa ela lá!
─ Por que ela está sorrindo daquele jeito? 
─ Mãe! Ela é uma psicopata! Entra logo!
─ Vem então. Vamos para dentro. Deixa eu falar para ela sair.─ Você não pode ficar no meu quintal! Deve ir embora ou chamo a polícia! 
─ Casa bonita! Muitas flores! Muitas árvores! Meu marido vai gostar. 
─ Por que ela disse isso?
─ Fecha logo essa porta mãe! 
─ Ela está batendo na porta. 
─ Chama a polícia mãe.
─ Quero entrar! Quero conhecer os cômodos. 
─ Liga logo mãe!
─ Espera filha o celular está tocando. Alô!
─ Eu sou o Neculai!
─ Mas que que está acontecendo? Olha senhor precisamos de ajuda. Tem um invasor aqui preciso desligar para ligar para a policia. 
─ Quem é mãe?
─ Disse que é o Neculai.
─ Oh Meu Deus! Mãe desliga! Ele é um assassino. Todo mundo tá procurando!
─ Deixa eu ver os cômodos? Deixa eu ver se meu marido vai gostar?
─ Vai embora! A casa não está a venda! Liga logo mãe! Não fica aí parada! Desliga o Neculai! Não fala com ele! Mãe! Mãe para...
 Preciso abrir a porta filha. Ela vai ficar com frio. O Neculai disse que devemos ser boas para ela. 
─ Oh meu Deus mãe para! Não faz isso mãe! 
─ Oi Seja bem-vinda a minha casa Karina! 
─ Cheiro bom! Vem da sua filha!
─ Minha filha querida! Vem aqui conhecer a Karina ela gostou do seu cheiro. 
─ Mãe! Você está louca? Cuidado! ela está atrás de você... Ela está te cheirando. Por favor Não faz nada com ela. 
─ Vou fazer um café enquanto você conversa com a sua nova amiga Karina. 
─ Não mãe você não está entendendo ela vai nos matar mais. Ela e o Neculai. 
─ Nossa! É mesmo! Eu estava me esquecendo do Neculai. ─ Alô Neculai. Logo o café estará pronto. Ah vocês são tão divertidos. Venha karina eu vou mostrar a cozinha para você. Toma o celular filha. O Neculai quer falar com você.
─ O-que? Alô!
─ Juliana o cheiro do seu desespero está tão forte.
─  P-por favor vá embora! 
─ Sua mãe e a Karina devem estar se divertindo na cozinha. Por que não vai lá e dá uma olhada?
─ E-eu não quero. 
─ Não foi um pedido Juliana. Mandei você ir agora! 
─ E-estou indo. E-eu não quero ver.  Não quero ver. Mãe? Onde você está? responde! K-akarina cadê minha mãe? 
─ Ela está aqui... comigo.... no meu colo... quer uma xícara de café? 
─ Não... isso não é café? é Sangue! Mãe? Acorda! O que fez com ela. Não Não! Assassina! Neculai? Oh Meu Deus.
─ Eu estou bem atrás de você Juliana. Não! Não grite! Shhh! Deixe o desespero tomar conta do seu corpo. Deixe o pânico ficar mais e mais devorando suas forças. Deixe o seu coração acelerar. Olhe a vontade para todos os lados que puder. Isso acelera seus pensamentos. Desespero total. Chegou o momento!
─ Meu marido! Você sabe morder tão bem! A Juliana não teve como fugir do desespero. 
─ Ninguém foge do Desespero Karina. 
─ Quero tomar sangue dela também. O cheiro do desespero é muto forte.
─ Ainda não Karina. Você não pode tomar este tipo de sangue. Não está preparada. 
─ Está bem meu marido.
─ E onde achou está roupa de noiva?
─ Peguei emprestado com uma amiga. Sujou um pouco. Você gostou?
─ Não. E está amiga que você pegou este vestido está viva? 
─ Por isso que sujou um pouco. 
─ Imaginei algo assim.
─ E desta casa meu marido? Vamos ficar com ela?
Vá para a casa da Deise. Ela tem roupas novas para você. 
─ Está bem meu marido.
─ Não me chame de marido.
─ Está bem meu Neculai.
 Não quero que procure mais casas para morar. A casa da Deise é seu lar.
─ Pode deixar Neculai. Você tem razão. 
─ Que bom. Tudo terminou bem. Vou partir. 
Vou procurar um apartamento. 
─ Não! Espere Karina. Vamos lá fora, no quintal. 
─ Sim Querido. Tudo que quiser.
─ Karina, eu vi muitos erros neste seu primeiro dia de se alimentar. Ficar parada do lado de fora só deixou a família mais assustada. Quando eles entraram e fecharam a porta você não teria conseguido entrar. Se eu não soubesse onde estava e não tivesse ligado para cá. Você ficaria sem se alimentar. 
─ Mas você consegue entrar sem convite. 
─ Não é bem assim. Falo com eles e quando conversam eu já faço parte da casa, da conversa. O convite já está aberto. No seu caso você não tem este meu poder por ser transformada também por uma vampira. Isso vai deixar você mais vampiro tradicional do que eu. 
─ Aos poucos eu pego o jeito meu querido. 
─ Eu sei que sim. Deise sabe fazer uma boa maquiagem. A beleza também influencia muito para pegar uma vítima.
─ Você se importa tanto comigo.
─ Só até você poder se virar sozinha. Tenho muito a fazer. Agora segure as minhas mãos. 
─ Uau. Meu melhor momento da noite. 
─ Agora quero que você esvazie a sua mente enquanto eu falo. E você deve responder bem tranquilamente.
─ Certo... Esvaziar a mente.
─ Agora responda. Por que está com os pés no chão? 
─ Para não cair. Para poder andar. 
─ A gravidade nos abandou Karina. Você só está presa ao chão por causa da sua mente que ainda pensa como um humano. 
─ Não entendi?
─ Enquanto seguro suas mãos. tente olhar para cima. Para o alto. e vai olhando para cima e declinando para trás. Eu estou segurando sua mão. Tudo está bem.
─ Que sensação estranha. 
─ Relaxe agora. É como flutuar em uma piscina. 
─ Sim. Estou me sentindo leve. 
─ Você está flutuando. 
─ E-eu Não consigo. preciso colocar meus pés no chão.
─ Calma. É a sua mente. Segure minhas mãos. Tente juntar as pernas e agora jogue-as levemente para cima. Isso. 
─ Estou de cabeça para baixo. segurando suas mãos. 
─ Não sente vertigem?
─ Não Neculai. 
─ Seu cérebro já se acostumou. Agora vou soltá-la.
─ Espera... Uma mão de cada vez.
─ Tudo bem. Mas não é só para flutuar. Você tem que voar. 
─ Uau. Estou só tocando seu dedo e eu estou no alto.
─ Você está flutuando também Neculai. 
─ Sim. Estamos bem distantes do chão. Consegue voar? Incline seu corpo vagarosamente para onde quer ir. Lembre-se que você não tem asas mas pode manter os braços abertos e as mãos são como um direcionador. 
─ Estou conseguindo. Estou voando! Até que velocidade voamos? 
─ Vamos ver juntos Karina? Uma corrida até a casa da Deise Day. 
─ Tudo bem! quero 30 segundos de vantagem.
─ Tanto faz. É óbvio que vou ganhar Karina. Eu sou o Neculai.


Por: Adriano Siqueira

2 comentários:

Unknown disse...

Interessante, gostei bastante! Espero ter mais para ler. Principalmente se for continuação do "Neculai".

Adriano Siqueira disse...

Olá Mr. Red. agradeço por apreciar. Tenho sim muitas histórias do Neculai. Neste link você encontra todas. - http://contosdevampiroseterror.blogspot.com.br/2015/01/as-historias-do-vampiro-neculai-em.html

abraços e bem-vindo.
adriano siqueira